quinta-feira, 21 de julho de 2011

Pesquisa: Mudança no estilo de vida ajuda idosos com problemas de memória?

Para a realização de uma pesquisa séria sobre os efeitos do tratamento da obesidade na memória, o ambulatório de obesidade do serviço de endocrinologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC/USP) seleciona pacientes obesos com 60 anos ou mais e que apresentem problemas em relação à memória ou ao desempenho cognitivo.
O recrutamento faz parte do processo de um estudo que oferecerá tratamento médico e dietético aos voluntários. Os interessados devem entrar em contato com a médica geriatra Nídia Horie pelo telefone (11 2365-8517) ou pelo e-mail da pesquisadora: nidia.horie@usp.br.

A investigação dá os caminhos para o doutorado em andamento de Nídia, que está sob orientação da endocrinologista Cíntia Cercato. De acordo com a geriatra, a obesidade aumenta o risco de a pessoa desenvolver demência quando envelhece.
“Além disso, quem é obeso, mesmo mais jovem, já apresenta pior desempenho em alguns testes cognitivos, em comparação ao magros”, diz Nídia, que é médica do ambulatório de obesidade do serviço de geriatria do HC/USP.
A ideia do projeto, segundo ela, é fazer com que os voluntários com 60 anos ou mais sigam uma dieta com restrição calórica. “Dessa maneira, vamos avaliar se, através da perda de peso, é possível diminuir a perda cognitiva em pessoas com comprometimento cognitivo leve”, explica.
Entende-se por comprometimento cognitivo leve um um declínio cognitivo maior do que o esperado para idade e a escolaridade do indivíduo, mas que não interfere notavelmente nas atividades de vida diária. O estudo, vale salientar, não incluirá quem já tem demência, mas sim pessoas que têm o risco aumentado de desenvolvê-la.
Alguns artigos científicos, como destaca o projeto de pesquisa de Nídia, mostram a obesidade na vida adulta como fator de risco para doença de Alzheimer em idosos. E o comprometimento cognitivo leve é uma condição que pode preceder a demência.
Para a pesquisa, devem ser avaliados 80 pacientes obesos, na faixa etária já informada, independentes para a maior parte das atividades da vida diária, alfabetizados e capazes de caminhar. Todos devem ter comprometimento cognitivo leve.
Eles serão divididos, de forma aleatória, em dois grupos que serão acompanhados por 12 meses: um receberá assistência médica convencional e o outro contará com acompanhamento nutricional individual e em grupo, com o objetivo de promover perda de peso através de restrição calórica. Tudo será feito com acompanhamento médico. Além disso, os participantes da pesquisa serão orientados para prática de atividade física.
Antes e após 12 meses os pacientes serão avaliados com base na composição corporal, no desempenho físico, no controle de comorbidades (doenças associadas à obesidade e ao comprometimento cognitivo leve) e nos exames laboratoriais.
Também será levado em consideração, durante a investigação pré e pós-pesquisa, o comportamento dos participantes diante de uma bateria neuropsicológica e de questionários sobre atividades de vida diária, atividade física e dieta.






Nidia Horie (Médica Geriatra)







quarta-feira, 20 de julho de 2011

20 de Julho: DIA DO AMIGO - A importância dos grupos de amizades na terceira idade

O lazer é um termo que possui vários significados e está associado tanto ao ócio, a despreocupação, ao descanso, prazer e divertimento, o que faz com que ele ocupe um importante papel na vida das pessoas de qualquer idade.

Para os idosos, o lazer é aquele momento onde estes podem alcançar um equilíbrio entre repouso, divertimento, recreação, distração e sociabilidade. E mais importante ainda é a construção de grupos de amizades.

Através do contato interpessoal nos grupos de idosos estes passam a perceber a importância de simplesmente existir sem o compromisso de ter que desempenhar alguma função específica. A rede social permite que os idosos troquem experiências, dividam suas histórias, e porque não dizer, descubram a paixão na terceira idade. Isto mesmo, os idosos também amam!

Outra possibilidade das redes sociais e da amizade é poder normalizar certas situações vividas e sentidas nesta época da vida quando compartilhamos sentimentos e sensações. Por exemplo, quando uma pessoa comenta: “Nesta etapa da vida, eu me sinto incomodando e atrapalhando a vida dos meus familiares” e a amiga diz que sente exatamente a mesma coisa, ambas descobrem que é um sentimento não delas, mas um sentimento peculiar a esta etapa da vida.

É preciso aprender que a terceira idade é a grande etapa das oportunidades, e que a principal delas é usufruir de tudo aquilo que foi deixado em certos momentos da vida. Voltar a brincar, a rir, a se divertir e a paquerar, aproveitando ao máximo o privilégio de se ter sobrevivido e superado a tantas coisas ao longo da vida.

Saber que somos importantes e que temos valor simplesmente por existirmos nas vidas de nossos filhos e netos, sem a necessidade de desempenharmos funções cuidadoras, com o sentimento de “tarefa já cumprida”, porém, com uma nova obrigação, a obrigação de curtir o direito de ter chegado até aqui.

Além de aproveitar o tempo livre divertindo-se, os idosos obtém maior sociabilidade quando se permitem ter e fazer novos amigos. Um grupo é um espaço de desenvolvimento pessoal e de diversão.

Os idosos que participam de grupos estão em busca de desenvolvimento social, combatendo visões preconceituosas que a sociedade mantém a respeito de suas vidas, tais como inutilidade e improdutividade, sugerindo que devam ficar em casa “assistindo televisão”.

As pessoas da terceira idade hoje estão se negando a desempenhar o antigo papel de somente cuidar de netos, arrumar a cama para as noras ou tricotar para os sobrinhos; permitindo – se dançar, atuar em grupos de teatro, cantar e, principalmente agora, as famosas viagens da terceira idade. Trocaram o “esperar morrer” por “começar a viver”.


Abaixo uma reportagem feita no programa Manhã Gazeta a respeito do tema. Assistam!! =)




FELIZ DIA DOS AMIGOS!!!!

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Força do pensamento - Neurocientista brasileiro fala sobre os avanços da ciência





Já pensou controlar máquinas com a força do pensamento e usar o poder da mente para reabilitar pessoas com qualquer tipo de paralisia?
Nesta quinta feira o Bom Dia Brasil exibiu uma reportagem que nos encheu de esperança na reabilitação de pacientes neurológicos com quadros graves.

Assistam!!!