domingo, 30 de janeiro de 2011

Testes em avaliação prometem detectar a doença de Alzheimer




Um exame de tomografia cerebral capaz de detectar as placas no cérebro que causam a doença de Alzheimer se mostrou eficaz em estudos e está em processo de análise pelo governo dos EUA.

Um segundo estudo mostrou que um exame de sangue pode detectar a beta-amiloide, proteína que forma a placa do Alzheimer. Segundo pesquisadores, o teor da proteína no sangue pode estar ligado ao risco de problemas de memória.

"Trata-se de duas pesquisas muito importantes", disse Neil Buckholtz, diretor da divisão de demência senil no Instituto Nacional do Envelhecimento, dos EUA.

O novo exame de tomografia cerebral usa um corante desenvolvido pela Avid Radiopharmaceuticals, agora controlada pela Eli Lilly. O corante gruda nas placas presentes no cérebro dos pacientes e as torna visíveis em tomografias por emissão de pósitron (PET).

O estudo da Avid foi feito com 152 pessoas próximas do fim da vida que concordaram em passar por tomografias cerebrais e em terem seus cérebros autopsiados depois da morte. Os pesquisadores queriam saber se as tomografias revelariam a presença das mesmas placas exibidas por uma autópsia. Vinte e nove dos pacientes morreram e passaram por autópsias. Em 28 casos, houve coincidência entre a tomografia e a autópsia.
Caso a FDA (agência americana que regula alimentos e remédios) aprove essa tomografia, o exame poderá determinar se um paciente com demência tem ou não Alzheimer. Se não tiver, os médicos terão de considerar diagnósticos alternativos.
O método também poderá ser usado por empresas que estão testando remédios para remover as placas do cérebro. As tomografias podem demonstrar se os medicamentos estão funcionando.

O outro estudo, de um exame de sangue, foi conduzido pela médica Kristine Yaffe, da Universidade da Califórnia, com 997 participantes com idade média de 74 anos. Eles foram acompanhados por nove anos e passaram por testes de memória e exames de sangue que buscavam beta-amiloide.
A beta-amiloide, que fica no cérebro, vai para o fluido espinhal. De lá, pode entrar na corrente sanguínea. Quando a proteína se acumula em forma de placa, seu nível no fluido espinhal cai, indicando Alzheimer.
Yaffe e sua equipe queriam saber se era possível detectar a proteína no sangue em vez do fluido espinhal.
O método é difícil: o teor da proteína no sangue é muito inferior ao encontrado no fluido espinhal, e parecem existir outros motivos possíveis para sua presença no sangue, o que confunde os resultados de teste.
Ainda assim, diz Ronald Petersen, presidente do conselho de consultoria médica e científica da Associação de Alzheimer, um teste como esse é necessário.
Caso sejam desenvolvidos tratamentos que detenham a doença, seria importante começar a usá-los antes que os danos sejam irreversíveis.
"Precisamos de uma ferramenta barata e segura para uso em larga escala, como os testes de colesterol."
A ideia seria usar esse teste para uma primeira filtragem e depois submeter as pessoas que apresentem resultados positivos a tomografias e ressonâncias, por exemplo.

Fonte:
GINA KOLATA
DO "NEW YORK TIMES"  - 21/01/2011 - 08h50

sábado, 8 de janeiro de 2011

Tomar sol ajuda proteger os neurônios e pode prevenir comprometimentos cognitivos

 


      Pouca vitamina D no organismo pode
        comprometer a função congnitiva


Dermatologistas costumam alertar: para expor a pele aos raios solares é preciso aplicar protetor, o que evita câncer e envelhecimento precoce. Mas fugir do sol também traz consequências graves para o cérebro. Pesquisadores descobriram que a ausência de vitamina D no organismo pode comprometer funções cognitivas. Embora seja mais conhecida por promover saúde dos ossos e regular os níveis de cálcio, a vitamina desativa enzimas cerebrais que participam da síntese de neurotransmissores e do crescimento neuronal. Com essas descobertas, pesquisadores esperam que no futuro a vitamina ajude no tratamento de pacientes com Alzheimer.

Dois novos experimentos revelam mais novidades sobre o assunto. O primeiro, conduzido pelo neurocientista David Llewellyn, da Universidade de Cambridge, avaliou o índice da presença da vitamina em mais de 1.700 ingleses com mais de 65 anos. Os voluntários foram divididos em quatro grupos de acordo com os índices da substância encontrados no sangue: profundamente deficiente, deficiente, insuficiente e excelente; em seguida, foram testados quanto à função cognitiva. Os cientistas descobriram que, quanto mais baixos os níveis, maior o impacto negativo no desempenho na bateria de testes mentais. Se comparados a pessoas do grupo excelente, os que apresentavam valores mais baixos corriam mais risco de ter alguma deficiência mental.

O segundo estudo, conduzido por cientistas da Universidade de Manchester, na Inglaterra, concentrou-se nos níveis de vitamina D e no desempenho cognitivo de mais de 3.100 voluntários entre 40 e 79 anos em oito países europeus. As informações mostram que os participantes com níveis mais baixos demoraram mais tempo para processar informações. Essa correlação foi particularmente expressiva entre os homens com mais de 60 anos.
“O fato de essa relação ter sido estabelecida em larga escala e em um estudo com seres humanos é muito importante, mas ainda há muito a ser estudado. Embora saibamos que o baixo grau da vitamina está associado ao comprometimento mental, não descobrimos se os altos reduziram a perda cognitiva”, salienta Przybelski.

Pelo fato de o comprometimento cognitivo ser, em geral, precursor da demência e do Alzheimer, a vitamina D é tema em constante discussão entre os cientistas que tentam responder a essas questões. Przybelski, por exemplo, planeja um estudo sobre isso para verificar se afetará a incidência de Alzheimer em longo prazo.

Então, quanto de vitamina D é suficiente?

Especialistas dizem que de 15 a 30 minutos de exposição ao sol, de duas a três vezes por semana, seria o ideal para adultos saudáveis. É importante lembrar que fatores como a cor da pele, o local de residência e a área exposta ao sol afetarão o volume de vitamina D produzido por cada um.

Fonte: http://www2.uol.com.br/vivermente/artigos/tomar_sol_ajuda_proteger_os_neuronios.html

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Dona Pulcina, 103 anos: um exemplo de que se pode viver bem na 3 idade



Viver mais de 100 anos com o físico e a mente saudáveis, está se tornando cada vez mais comum.

Conhecida como Vó Pequena, Dona Pulcina é um exemplo. Ela tem 103 anos e mora em uma casa modesta em Santo Antônio da Patrulha, no estado do Rio Grande do Sul.

Todos os dias ela acorda cedo, faz a própria comida, gosta de caminhar e observar a natureza. “O que marcou a minha vida foi o serviço da roça, que eu nunca me esqueci até hoje. Coisa boa é trabalhar na roça", declara Vó Pequena.

Ela tem uma memória de menina e se lembra até de quando o Zeppelin passou pela cidade. “Era uma coisa redonda, parecia que não tinha asa. Eu não sabia que era um zeppelin e me assustei, mas fiquei olhando para ver o que era. Fiquei fisgada ali, olhando, olhando, até que ele cruzou e foi para Porto Alegre. Lembro de tudo. Faz pouco tempo. Tem 75 anos”, diz.

Vó Pequena mora sozinha, mas sempre com a companhia dos filhos, que ficam admirados, com tanta independência. Questionada sobre quanto tempo Vó Pequena planeja morar sozinha, ela diz, segura: “Eu vou indo até Deus querer me cuidar. Deus está me cuidando e está junto comigo”.

Para o neto, é assim: ele se espelha na avó para manter o cérebro sempre em atividade. “Eu acho que você sabendo regrar a sua vida com alimentação saudável e exercício físico, você chega muito longe. Perto dos 100”, comenta.

Para o doutor em biologia do envelhecimento, Emílio Jeckel, genética e estilo de vida andam juntos. “Nós temos uma herança genética, sim, mas esses genes só entram em ação ou não, dependendo dos estímulos ambientais que a gente tem. As pessoas vão viver mais quando elas conseguirem olhar para além do espelho. A pessoa é muito mais do que aquilo que ela aparenta ou daquilo que ela é fisiologicamente. Às vezes, a parte externa pode estar meio careca, mas lá dentro está muito bem”, explica.


"Mais do que herança genética, somos nós que decidimos como vamos envelhecer. Não se trata de estar protegido de tudo, de viver em uma redoma, mas de fazer o melhor com o que o cotidiano oferece."

 “Todo centenário tem uma coisa comum: ele sabe enfrentar as adversidades e sair inteiro delas. Não é sair ileso, mas é sair inteiro, é voltar para o prumo”, declara o médico gerontólogo Fernando Bignardi, da Unifesp.



Fonte: Matéria realizada por Tony Bernstein ( Coordenadora Geral do Portal Terceira Idade, Pedagoga e Jornalista)

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Possível cura do Mal de Parkinson

        O Mal de Parkinson é uma doença degenerativa crônica e progressiva que acomete em geral pessoas idosas. Ela ocorre pela perda de neurônios do Sistema Nervoso Central em uma região conhecida como substância negra. Os neurônios dessa região sintetizam o neurotransmissor dopamina, cuja diminuição provoca sintomas principalmente motores como tremor em repouso, rigidez muscular, diminuição da velocidade dos movimentos e distúrbios do equilíbrio e da marcha. Também podem ocorrer outros sintomas como depressão, alterações do sono, diminuição da memória, etc. É uma doença que possui tratamento e controle, mas não cura.

       No entanto, surge uma nova esperança na ciência. Confiram no vídeo apresentado pelo jornal Nacional em 2010!